Cada mulher é um mundo, um mundo maravilhoso à espera de ser descoberto e se hoje tenho esta perspectiva relativamente a nós mulheres é porque trabalhei bastante ( e este trabalho nunca termina) para chegar a esta conclusão, devido ao que ia conhecendo ao longo do tempo sobre mim mesma, e por isso acredito que todas temos um mundo fantástico dentro de nós.
E o mais interessante é que todos estes mundos são diferentes mas com semelhanças que são pontos de encontro que fazem com que nos sintamos conectadas e que desafios possam ser partilhados e ultrapassados em conjunto.
Eu gosto de olhar para a humanidade com uma grande curiosidade; no caso das mulheres, temos tanto para oferecer ao mundo mas estamos constantemente a boicotar essa partilha, por outro lado, sabendo nós do nosso poder para construir e destruir escolhemos abertamente destruir a nossa companheira de caminhada. Seja de que maneira for, à medida que vamos conhecendo o nosso poder aumenta também a nossa responsabilidade e é aqui que vemos o verdadeiro sentido de crescimento de cada uma: não é falta de respeito colocar limites, mas é falta de respeito ultrapassá-los. E por vezes a falta de limites tanto pessoais como reconhecer os limites dos outros faz com que muitas situações se tornem insustentáveis.
Cada pessoa tem direito de viver na sua verdade, seja ela qual for, então expor a minha verdade de maneira agressiva, ininterrupta e obsessiva será que não é desrespeitar os limites dos outros? Gritar constantemente aquilo em que acreditamos não nos faz ser superiores, faz por outro lado não ter a mente aberta para o que está para além do nosso próprio umbigo. Cada um de nós escolheu estar cá, portanto é sinal que ainda há coisas que precisam ser limadas, não existem pedestais, existe sim é falta de humildade para aceitar que somos seres em evolução, se não fosse para estar aqui neste planeta em aprendizado, estaríamos noutro a fazer outros aprendizados, ou não, talvez nem sequer estaríamos na roda das encarnações.
À medida que caminho, aprendo que não existe nada de absoluto: durante esta minha caminhada de procura interna encontrei vários caminhos, e cada caminho ensinou-me alguma coisa, não quer dizer que um seja melhor que o outro, quer dizer que o caminho A me satisfez e nutriu durante um determinado tempo contudo acabei por compreender que o caminho B me iria dar algo que me estava a faltar, todavia foi no caminho C que me realizei. O nosso caminho não tem de ser apenas e só uma única via, podemos caminhar pelo caminho que nos nutre e aonde busquemos cura ou juntar vários caminhos e a cura ser também estabelecida e está tudo bem.
A cura, o aprendizado e a medicina corre nas veias de todos e cada um tem em si a oportunidade de agarrar esta ferramenta ou não, todos nós somos canais de informação e de cura, especialmente de si mesmos. Todos temos a centelha divina dentro de nós, existem apenas duas atitudes a ter perante isto: ou escolhemos olha-la e ver o bom e o menos bom ou simplesmente escolhemos outra coisa, e seja o que for, está certo porque é precisamente isso que precisamos naquele momento até ao clic! se dar e aí saltar para outra realidade de nós mesmos e evoluir mais um pouco.
Texto publicado em https://www.justwoman.pt/2017/04/somos-infinitas-por-diana-faustino.html
Imagem: Diana Sousa Faustino