Ao longo da vida estamos em constante questionamento pessoal sobre o que somos e o que viemos fazer aqui ao planeta Terra. É sem dúvida uma viagem alucinante onde o aprendizado está sempre disponível para quem quer realmente aprender e doar-se à vida.
Somos constantemente assombrados pelos medos e pelos demónios internos que nos obrigam a crescer de forma estruturada, isto naturalmente nem sempre é possível, pois por vezes escolhemos caminhos que nem sempre nos dão esta tal estrutura.
A estrutura que falo é o poder, cada ser humano tem em si a capacidade de tornar-se aquilo que deseja e aqui reside o nosso poder e a nossa riqueza, não é na quantidade de dinheiro que temos ou com quem nos damos ou mesmo o cargo que ocupamos profissionalmente. O poder é algo muito intrínseco e inato que está bem dentro do nosso coração.
Ao crescer numa estrutura social que nos diz constantemente que o poder reside naqueles que têm poder decisório sobre a sociedade ou que têm mais capacidade financeira para atingir determinados objectivos pessoais estamos constantemente a colocar em causa o nosso próprio poder, e este não tem nada a haver em ser mais que alguém, tem simplesmente a haver com a capacidade que temos de dançar a dança da vida e mesmo assim continuar genuíno a si mesmo: o que realmente desejo, como realmente quero viver a minha vida, como me relaciono são apenas algumas questões que podemos colocar ao nosso consciente e à nossa essência, e claramente se a pessoa se disponibilizar ela vai ouvir e integrar a mensagem e começar a agir em prol disso.
O poder corre em nós é a vida, é o nosso respirar, é o batimento do nosso coração e o funcionamento dos nossos órgãos por forma a fazer a manutenção do nosso corpo, e também o nosso sangue que vem cheio de informação dos nossos antepassados como presente para nos empoderar. Eles caminharam estes caminhos antes de nós e viver a vida com foco no nosso coração e na nossa essência é uma forma muito amorosa de os honrar, eles preparam isto tudo que vemos para que chegássemos a este planeta e parte do trabalho já estivesse feito e nós apenas nos preocupássemos com outras partes.
Numa linguagem mais humana nós somos todos imperfeitos e não podemos esperar que eles tenham sido diferentes, eles viveram consoante aquilo em que acreditavam, ou pelo menos, tentaram e será que não é isso que também fazemos diariamente? Por outro lado perante o universo tanto eles como nós somos perfeitos e é maravilhoso experimentar esta dualidade, esta oportunidade de conhecer todos os lados da moeda, sem que desfoquemos do que é essencial, seja o que for para cada um de nós.
Sentir o poder é sentir a capacidade que temos de fazer a diferença nas nossas próprias vidas, todos os dias e também ter a humildade de tocar o coração do outro, mesmo que as nossas crenças sejam diferentes, isso não tem importância quando olhamos com os olhos do coração, e aqui reside o verdadeiro significado de poder: ter a capacidade de trazer para o nosso coração o outro com todos os seus defeitos e todas as suas virtudes, não esquecendo que todos partilhamos do mesmo objectivo – fazer desta experiência aqui na terra a mais feliz de todas sem se deixar manipular e dominar pelas circunstâncias.
Texto publicado em https://www.justwoman.pt/2017/04/o-verdadeiro-poder-por-diana-faustino.html
Imagem: Diana Sousa Faustino